A começar pelas nossas vilamigas. Tay, de Belém do Pará, já comentou em suas postagens que gosta e aprova. "Eu adoro mandar na hora da transa e gosto mais ainda quando a pessoa me domina. Sabe aquela situação que a gente está no poder e na verdade quer ser realmente o dominado da situação?", diz sem pudores.
Em um relacionamento, às vezes a relação de poder e dominação se estende também ao sexo. Ela é chamada de sadomasoquismo, uma prática que pouca gente costuma falar abertamente, mas se a gente entrar nesse meio vai descobrir muitos adeptos.
Já no Termômetro da Relação, outra Vilamiga contou sua primeira experiência de ser dominada, isso quando marcou um encontro com um homem através da internet. O lugar escolhido foi um motel. Ela conta que não houve violência durante o sexo. "Apenas foram umas palmadas, ele puxou meu cabelo quando me obrigou a fazer sexo oral. Me obrigou, entre aspas, porque eu estava louca de vontade de fazer", contou. Com o apelido de "James Bond", uma de nossas vilamigas confessou que já adotou a modalidade no relacionamento. Experiente, ela até tem em casa alguns apetrechos e defende a modalidade. "Tenho cordas e algemas de couro e, de vez em quando, peço ao meu marido. Nesses dias adoro que ele me domine e me faça mulher".
Conforme o psicólogo Oswaldo M. Rodrigues Jr, membro do Instituto Paulista de Sexualidade, nem sempre quando um dos parceiros está imobilizado significa que deve ser algo doloroso. "Se o casal gosta de brincar desse jogo de sedução, ou seja, dominar e ser dominado, deve conversar para que nenhum dos dois tenha uma lesão. O acordo pode ser por meio de gestos e palavras, sempre avisando quando é a hora de parar", alerta.
Além do sadismo, quando uma pessoa busca o prazer ao impor algum sofrimento ao outro, e do masoquismo, o comportamento oposto, há muitos casais que ainda se utilizam do bondage. Por isso quando você ouvir falar por aí na sigla BDSM, ela nada mais é do que Bondage e Disciplina, Dominação e Submissão, Sadismo e Masoquismo, que tem o principal objetivo de ter o prazer sexual envolvendo a relação de poder, havendo dor, submissão ou não.
Alguns motéis reservam quartos especiais para a BDSM. Para quem gosta ou quer experimentar, há vários deles espalhados por todo Brasil, afinal, como disse a designer carioca de 38 anos, conhecida como "B" em seu blog ‘A Vida Secreta’, "eis um lugar onde nossos sentidos mais safados afloram, onde os gemidos não precisam ser moderados e a nossa vida secreta pode ser explorada em toda a sua plenitude".
O motel Le Baron, em São Luís do Maranhão, especializado em suítes temáticas que simulam o ambiente de camping, cinema e até aeroporto, reserva uma especial à prática Sado. A cama redonda King Size fica dentro de uma cela cheia de algemas, com direito a trono para a dominação e masmorra. O quarto é equipado com tronco, canga, cavalo, poço do castigo e até uma cama de tortura importada, quanta criatividade
Em Porto Alegre, por exemplo, o motel Atenas reúne cama redonda com mosqueteiro, cela e algemas. Outros vão além da imaginação de qualquer casal. No Carrossel, em São Paulo, há cama de ferro com cordas, para a prática do bondage, jaula ou cela de ferro, e ainda cruz invertida para prender o parceiro. Para os casais mais criativos, o cenário é uma produção e tanto.