Dia desses, a vizinha (64 anos) conversava com a minha mãe (65 anos): “Meu marido não me respeita! Ele não percebe que sou uma senhora idosa. Quer fazer sexo comigo!” A última frase foi dita bem baixinho, só ouvi pois minha mãe repetiu em tom normal de voz sorrindo: “Levante a mão pro céu ele manter o desejo por você, poderia estar procurando na rua…” E ela completou desconsolada: “Preferia… Preferia que procurasse na rua…”
Esta vizinha é de uma geração incomparável à minha. Casou virgem, nunca trabalhou fora, teve quatro filhos e já confidenciou à minha mãe em outro momento que nunca teve um orgasmo. Ao longo da vida, só conheceu um homem na cama. E pelo bem do casamento, aguentou ter conhecimento das inúmeras amantes do marido. Marido aliás, que é (desde que me entendo por gente) ministro de eucaristia da igreja aqui perto de casa. O mesmo marido que à noite só a procurava sexualmente dizendo: “Mulher, abre as pernas que eu quero dar uma cusparada!”
Quando lembro de mulheres como a minha vizinha penso: “Como é bom ter nascido dos anos sessenta pra cá…”
O texto abaixo é resumo de uma nota que li sobre o aumento dos casos de AIDS na 3ª idade. O texto fala da dificuldade no diagnóstico, ausência de campanhas preventivas e até das diferentes percepções entre os homens e mulheres envolvidos.
Clínica em São Paulo trata idosos portadores de HIV
Médicos da clínica para idosos do hospital Emílio Ribas, em São Paulo, vêm diagnosticando por mês entre 10 a 15 novos casos de infecção pelo vírus HIV entre idosos.
Pesquisas feitas no hospital indicam que das mulheres com mais de 60 anos de idade, 75% contraíram o vírus através do marido. Entre os homens, 80% foram infectados através de relações sexuais fora do casamento.
Informação para a prevenção
Os médicos dizem que o governo deve começar a direcionar suas campanhas de conscientização também aos idosos.
Muitos dos que foram diagnosticados com o HIV aos 60 anos foram infectados uma década antes, e o médico diz que é importante incluir pessoas mais velhas em campanhas que promovem o sexo saudável.
“O problema é que pacientes mais velhos são negligenciados e não são alvo de campanhas do governo”, diz.
O especialista em doenças infecciosas Jean Gorinchteyn, responsável pelo trabalho de pesquisa feito na clínica, diz que é comum entre os homens sentir culpa por ter infectado a esposa, enquanto as esposas tendem a perdoar seus maridos.
Diagnóstico e tratamento
Gorinchteyn diz que cuidar de idosos com HIV e até perceber que eles podem ser portadores do vírus representa um grande desafio. E o diagnóstico tardio também traz problemas.
“Quando você tem um paciente jovem sendo hospitalizado com uma pneumonia séria, a primeira coisa que se pergunta é se ele já fez um teste para o HIV”, diz o médico. “Quando uma pessoa idosa tem uma pneumonia séria, você imagina que pode ser porque seu sistema imunológico está fraco”.
Gorinchteyn observa, no entanto, que pacientes mais velhos seguem o tratamento muito mais cuidadosamente do que os mais jovens. É como se eles de repente percebessem que a morte está mais perto do que imaginavam, diz o médico.
Um dos membros da minha (falida) equipe de manutenção tem por volta de 60 anos, é casado há mais de 30 e não gosta de preservativos. Ainda assim sempre fiz questão. O fato de eu levar uma vida sexual livre, leia como livre não ter parceiros fixos, me leva a ter uma grande consciência e responsabilidade comigo e com o outro. Acho essencial, um ato de amor a si mesmo e ao outro, o uso do preservativo em relações extra-conjugais.
O Dr Health do PdH fez um post maravilhoso, como sempre didático e divertido sobre preservativos: Camisinha, o guia definitivo. Acho que vale pra todo mundo que tenha alguma vida sexual.
Quem disse que o tesão acaba?
E foi pensando nisso que os japoseses resolveram explorar um novo filão do filme erótico, os chamados Títulos Maduros, que a Fernanda do Sexpedia já comentou recentemente. Segundo o Andarilho, o senhor do poster acima começou a sua carreira pornográfica depois dos 60 anos. E pra quem pensa que só contracena com senhoras da mesma idade, está enganado. No seu currículo, jovens, idosas e até mais de uma mulher ao mesmo tempo. O “véinho” é fogo!