Podolatria, Exibicionismo e Voyeurismo

18/07/2010 10:33

 

 

O que há de mais natural nas festas fetichistas que acontecem  o fato de enquanto alguém adora e outro é adorado (worship – ou adoração – é o termo usado para o ato de beijar e acariciar pés, excitando ou sendo excitado com isso) sempre há por perto um voyeur, tão excitado em apenas observar, quanto participar.

Sentada naquele cantinho almofadado com F. estávamos como dois pombinhos entre carinhos e beijinhos. E quando de relance olhei para o lado e vi T., abri um largo sorriso imediatamente iniciando um papo. Outra coisa comum nas festas do RJ é a intimidade e amizade que se estabelece. Em uma primeira festa a pessoa até pode ser novata, mas na segunda já está tão bem integrada que todos são grandes amigos. Não via T. há seis meses, e em nosso mais recente contato eu o fiz gozar nas calças apenas acariciando-o com os meus pés. Só quem curte podolatria entende o que é isso. Não apenas o podólatra que se excita, mas também a mulher que descobre nos pés, mais um objeto de proporcionar prazer.

O papo seguiu animado até que em determinado momento eu comecei a ficar incomodada por estarmos todos sentados e encostados a uma parede. Ficava complicado ver os rostos de todos (havia um rapaz ao lado também), resolvi então sentar diante deles. Só que no momento em que me vi diante de T. tive o ímpeto de pedir uma massagem em meus pés. Olhei para o rosto de F. e percebi um sorriso de Monalisa, indecifrável. Eu usava um scarpin ao estilo chanel, e meus pés estavam massacrados ali dentro, a penumbra do local dava ao ambiente uma sensação extremamente aconchegante e sem limites. E enquanto sorrindo T. desnudava os meus pés dos sapatos e meias, obviamente quase não acreditando na proposta, F. e o menino que estava ao lado apenas observavam.

A situação em si já era excitante e repito o que já disse por aqui, só um exibicionista é capaz de entender com tamanha naturalidade um voyeur. No momento em que T. desnudou meu pé esquerdo, do sapato e depois da meia, enrolando delicadamente até os dedos, pedi a F. que guardasse a meia em meu sapato e ele obedeceu mudo e encantado com tudo. Assim que tirou a meia, T. respirou fundo entre meus dedos, imediatamente depois beijando, lambendo e mordendo meu pé me deixando doida de tesão. As sensações eram múltiplas, as informações visuais eram várias. O menino ao lado de T. sequer respirava olhando o que acontecia, enquanto F. me observava sedento. Foi quando eu com o outro pé ainda calçado baixei do tórax ao pau de T. que estava duríssimo e comecei a acariciá-lo por sobre a calça. E olhando diretamente nos olhos de F. convidei-o a aproximar-se. Chegando perto de mim, ele perguntou o que eu queria e eu simplesmente puxei-o para bem perto, beijando-o apaixonadamente enquanto T. deliciava-se com o sabor e o toque dos meus pés, F. me beijando e o menino visualizando a cena toda.

Não sei quanto tempo durou a situação descrita, mas sei que alguém me chamou e o encanto foi desfeito. É claro que ali, naquele local a cena não seria nada mais que aquilo. Nunca vi sequer nudez em festas de podolatria, quem dirá uma boa foda. Festas fetichistas não são clubes de swing. No entanto, mais tarde quando eu e F. ficamos a sós em casa, conversando agarradinhos na cama, foi impossível não relembrar a cena e nos excitarmos novamente. Segundo ele, apesar de me ver ali, tendo os pés adorados por outro homem, em momento nenhum ele se sentiu excluído, e sim fez parte de tudo. Não havia espaço para o ciúme, apenas para o prazer.