Sou médica e quando ocorreu a história que vou contar agora, eu trabalhava há pouco tempo em um hospital bastante conceituado de São Paulo. Naquele dia saí de casa mais cedo do que costumava, pois tinha uma programação intensa a cumprir. Meu companheiro ficou com nossos dois filhos, aguardando a chegada da senhora que fazia a cozinha, limpeza e ainda dava uma olhadinha nos meninos.
No hospital o movimento ainda era pequeno. Dentro de uma hora já seria aquele corre-corre. Fui para minha sala e comecei a olhar alguns papéis que precisava preencher. Em determinado momento senti que havia alguém na porta, me olhando. Era um colega médico, que eu ainda conhecia pouco, salvo alguns comentários de colegas quanto ao fato de ser casado com outra médica, mas ter um histórico de casos com estagiárias e colegas, algumas delas que trabalhavam no hospital. Com essa fama, era do tipo que não me interessava. Não gosto deste estilo galinha. Mas naquela hora não se tratava de dar um fora no colega que mal conhecia, poderíamos conversar um pouco e depois cada um seguir para seus afazeres. Só que isso não aconteceu. Ele apenas me perguntou se eu sabia regular um microscópio que estava no laboratório ao lado. Sorri e disse que ia tentar, queria ver se ainda lembrava o que havia aprendido na faculdade.
O laboratório estava vazio. De soslaio olhei um pouco para o colega, que não era nada mal. Um rosto másculo, a barba por fazer, o corpo parecia todo durinho, a bunda talvez gostosa. Talvez ele tenha percebido que o olhei. Seu rosto parecia ter um riso escondido. Fiquei um pouco envergonhada. Pouco havíamos nos falado até então.
Cheguei até ao microscópio. Retirei um grampo do meu cabelo para focar com a lente e regular o aparelho. Parecia que estava regulado. Pedi a ele para testar. Ele falou que ainda não estava no ponto. Aproximei meu rosto do aparelho, mas ele não tirou o dele. Uma coisa incrível, que até hoje não sei se provocado propositalmente, nossos rostos se roçaram. Fiquei novamente desconcertada e levantei a cabeça. Ele veio com a mão por trás de minha nuca e me puxou para fitar a lente. Sua mão estava quente, mas era suave e deslizou um pouco pelo meu pescoço. Eu novamente me retraí. Aí ele encostou a parte da frente do seu corpo sobre minhas costas, debruçando-se sobre mim. O meu primeiro impulso foi fazer um escândalo, empurrá-lo, mas me detive. O sacana deu então um beijo no meu pescoço. Senti um tremor no corpo.
Havia algum barulho do lado de fora, pessoas falando, mas que pareciam que andavam na direção contrária do laboratório. Ele me largou e foi até a porta, fechando o trinco. Eu fiquei imóvel, continuava de costas. Ele retornou à mesma posição e encostou seu rosto no meu, roçou sua barba e aproximou nossos lábios. Deu-me um beijo prolongado, depois colocou um pouco de sua língua dentro de minha boca. Eu estava ofegante. Mas sorri um pouco. Afaguei seus cabelos. Ele então adivinhou uma coisa que me deixa louca. Colocou o dedo indicador em minha orelha, girou o dedo no meu ouvido, ao mesmo tempo em que me beijou outra vez.
Falou que me observava desde que comecei no hospital e que se sentia muito atraído, com muito tesão. Sua voz era suave, lenta. Disse para ele que fossemos mais devagar. Que daqui a pouco ia chegar gente e ia pegar muito mal nós dois fechados no laboratório. Ele respondeu que não devíamos viver apenas para que os outros nos vissem bem. Passou a mão no meu cabelo, desarrumando-o. Alisou minhas costas. Encostou-se novamente sobre mim e pela primeira vez senti seu pau, debaixo da calça, roçar minha bunda, por baixo da saia. Ele se esfregou, um pouco. Em mim, veio sem disfarce a sensação do desejo.
Foi simultâneo. Ao mesmo tempo que ele enfiou sua mão pelo minha blusa, abaixando o sutiã e segurando meu peito direito, minha mão foi sem controle em direção a sua calça, ainda sem abri-la, mas afagando seu pau, sentindo sua grossura que crescia no que eu apertava. Ele alisou com a ponta do dedo o bico do meu peito, que foi endurecendo, sinal evidente do tesão em uma mulher. Ficou uns dois minutos apertando o bico direito, depois passou para o esquerdo, voltou para o direito e começou a chupá-los com alguma força. Não podia mais agüentar e abri o zipper de sua calça, afastei a cueca e puxei seu pau para fora. Ele estava roxo, com a cabeça bem saltada para fora. Masturbei-o um pouco. Mudei de posição, ficando de frente para ele. As coisas se invertiam e agora eu tinha a iniciativa. Ele, passivo, deixava-se dominar, embora com o pau cada vez mais duro. Baixei minha cabeça e comecei a chupá-lo. Em uma primeira parada, quando larguei fora seu membro, ele me levantou e tirou meu sutiã e blusa. Eu também arranquei sua camisa. Mordi um pouco seus mamilos. Tiramos os sapatos e arrancamos o resto de nossas roupas. Estávamos nus em pelo. Olhei para o relógio na parede. Faltavam quinze minutos para o laboratório começar a receber os funcionários que lá trabalhavam habitualmente.
Nós dois em pé, juntamos nossos corpos. Ele alisou meus pelos pubianos. Agachou-se e subiu com sua língua pelas minhas pernas. Abriu-as um pouco e começou a me masturbar. Eu segurava meus gemidos, como que os engolindo. Mantendo dois dedos dentro de minha vagina, começou a lamber meu clitóris com a ponta da língua. Isso me deixou muito excitada, mais ainda quando olhei seu pau e vi que estava enorme, estourando. Mesmo assim, a preocupação com a hora não passou. Pensava o que dava para fazer naquele pouquíssimo tempo que dispúnhamos.
Foi com essa preocupação que o afastei um pouco de mim, de forma a poder caminhar até onde estava uma pia. Então me coloquei de costas para ele e me curvei sobre a pia, utilizando ela como apoio. Fiquei esperando que viesse me foder. Ele veio por trás, segurou o pau, se agachou um pouco e começou a encaixá-lo em minha buceta. Eu estava com ela muito molhada e isso facilitou a penetração. Ele deu duas estocadas fortes. Nesse exato momento, alguém do lado de fora forçou a maçaneta. Nós dois estremecemos, combinação do prazer e do susto ao mesmo tempo. Desequilibramos-nos um pouco, quando forçaram a maçaneta novamente. Ele se apoiou na pia, com força, onde eu já estava apoiada. Houve um estalo e a pia que era presa na parede sem uma base de apoio, foi vergando lentamente. Ele se contorceu todo, para não deixá-la espatifar-se no chão.
Foi um tormento. Agora eu me lembro, achando muita graça, que ele se vestia desesperado, com enorme dificuldade de colocar o pau, ainda duríssimo e começando a pingar um pouco o gozo interrompido, para dentro da cueca e da calça. Eu também estava desesperada, envergonhadíssima, ouvindo vozes do lado de fora, embora não tivessem forçado o trinco outra vez. Mas tínhamos que sair, deixando uma pia quebrada que estava, no dia anterior, firme e forte. Ele combinou aos sussurros comigo que iria falar que havia se apoiado na pia e ela cedera. Nada combinamos sobre a porta trancada, pois não havia o que dizer.
Abrimos a porta e havia duas funcionárias do laboratório nas imediações, olhando de lado sem saberem o que dizer. Nós menos ainda. Cada um de nós dois foi para um lado. Ainda de manhã ele comunicou ao setor administrativo que soltara a pia do laboratório ao encostar-se a ela, de manhã cedo. Eu passei o dia me escondendo, até das paredes. Em uma sensação confusa, de vergonha e excitação.
No dia seguinte resolvi que tinha que encarar a vida e buscar retornar à realidade. Mas não foi fácil. Até as pessoas mais próximas me olhavam de forma muito estranha. Eu me perguntava: o que sabem e o que é fruto de minha imaginação? De qualquer forma, algumas dessas pessoas esboçavam risos, um pouco maldosos, um pouco perplexos e também excitados. Depois de meses, fui sabendo que foi dos assuntos mais comentados no hospital por algum tempo. Só não ficamos muito mal afamados devido ao reconhecimento que havia sobre a qualidade de nosso trabalho. Para superarmos, também, precisávamos concluir o que fora interrompido. Isto só pode ocorrer três semanas depois, cercado dos maiores cuidados, em um motel distanciado, nunca encostando-se à pia do quarto, que nos observava de longe...