Para os praticantes, um tapinha nunca dói
Por: Anderson Nascimento
Para os praticantes do Sadomasoquismo, as linhas que dividem a dor e o prazer são muito tênues. Diversos casais procuram opções diferentes do senso comum e acabam por escolher pela flagelação em troca de satisfação sexual. Roupas de couro, ambiente soturno, chicotes. Vale tudo. Vamos tentar desvendar os segredos que cercam os aficionados por sadomasoquismo.
Primeiro é bom deixar claro que a dor provocada por sessões de sadomasoquismo são de nível baixo, quase nulo. Em geral, a humilhação verbal ou até mesmo a amarração - chamada de Bondage ou BDSM, um tipo específico de Sadomasoquismo - são mais procurados pelos amantes da dor que proporciona prazer.
As regras do sadomasoquismo são claras. O dominador(a) comanda as sessões e impõe respeito através de chicotadas e agressões verbais. A ideia é elevar o nível do parceiro(a) ao mesmo patamar do dominador(a) através desses atos. O papel do dominado(a) é exatamente o oposto: ser submisso e aceitar todas as ordens de forma passiva, sem questionamentos. Às vezes rolam uns tapinhas, claro.
Um dos locais mais frequentados por apreciadores do sadomasoquismo é o Clube Dominna, localizdo no Tatuapé, na capital paulista. Durante os eventos na casa, as rainhas - como são chamadas as dominadoras - desfilam elegância e charme. No Dominna também rolam exposições com artigos de arte voltados para o universo sadomasoquista.
Um dos rituais mais conhecidos entre os sadomasoquistas é o encoleiramento. Na cerimônia, o dominado demonstra total submissão ao seu mestre através do início do uso de uma coleira. Quem não lembra do adereço usado por Luma de Oliveira com o nome do empresário Eike Batista no carnaval do Rio de Janeiro em 1998? Virou um clássico.
Com essa tribo, um tapinha nunca dói. E se dói, dá prazer.